Depois de tanto estapear, chamar – gritar – por Rana, Verginia desistira
de tentar acordá-la. Deitou a amiga sobre o pouco gramado e sua camada de terra
por baixo e correu até Jady, que se encontrava na ponta da estrada, com uma de
suas mãos sendo usadas acima dos olhos como um sombreiro. Verginia correu até a
prima, mesmo com dificuldades, e pulou por trás da mesma, apoiando-se em seus
ombros. Fez as duas caírem e rolarem o comoro a baixo, uma estapeando a outra e
grunhindo. Ao pararem de rolar – sinal de que já havia rolado o comoro inteiro
– , continuavam a se estapearem. Jady ficara por cima, tendo a chance de
prensar os braços de Verginia ao chão.
- Por que você fez isso? – Jady berrou.
- Você é uma idiota! – Verginia retorquiu. – A culpa por estarmos aqui é
toda sua. Merda! Seu celular está sem bateria, não tem como ligarmos, argh! O
meu ficou no carro. Mas o mais horrível de tudo é que estamos perdidas!
- Fala isso como se fosse minha intenção!
- Ah, desculpa se não foi. Dá pra sair de cima de mim? Já não sinto
circulação em meus braços.
Jady saiu de cima de Verginia, brutalmente, e Verginia levantou e
encarou seu carro, com sua amiga deitada ali perto.
O estado do carro era lamentável: a região do banco traseiro estava mais
amassada que a do banco frontal – agora entendera porque Rana estava mais
esmagada que si. Talvez aquela região levara um impacto mais forte com o chão
do que a outra. Vidros quebrados; e olhando para eles, Verginia lembrou-se de
sua perna, que por um momento esqueceu, mais preocupada em como voltar para
casa. Pensou, mas evitou olhar para si mesma.
Frustrada com o estado deplorável de seu carro, Verginia deu passos
largos até ele e pôs-se a espancá-lo. Deu socos, chutes, cotoveladas, balançou,
mas o carro só respondia com um movimente bastante considerado... ereto; ele
não se mexia. Jady acompanhava seus movimentos, mas não sabia por que Verginia
fazia aquilo. Talvez quisesse expor sua ira, descontar no pobre carro, que já
estava muito bem castigado por algo que não fizera. A loira caminhou até
Verginia em passos curtos e parou atrás dela.
- Não devia balançar desse jeito – Jady aconselhou.
- Não devia ter nos trazido a essa merda de lugar – Verginia rosnou, sem
largar o carro.
- Estou falando sério... Isso pode explodir ou algo assim.
- Ha! – Verginia riu. – Tá bom. Estamos praticamente numa novela, não
está vendo? E agora quer me dizer que o carro pode explodir? – Verginia foi
totalmente sarcástica em suas palavras.
Jady não discutiu, mas continuou atenta a tudo. Verginia desistiu de
descontar sua raiva no carro e se agachou, adentrando-o. Enquanto Verginia
juntava seus pertencer que estavam dentro do carro em suas mãos, Jady ficou
atenta a um som. Parecia água; água caindo sobre terra e formando uma grossa
camada de lama. Pensamento quase certo. Se ao menos pensasse em combustível ao
invés de simples água, seu pensamento ganharia até um prêmio.
- Verginia, vamos sair daqui – Jady disse, já pegando Rana do chão pelos
braços e a carregando para longe do carro; longe de Verginia.
- Espera. Eu quero pegar minhas coisas. Meu celular... – Verginia ia
dizendo enquanto saia do carro e se levantava do chão, mas parou ao ver sua
prima com Rana no outro lado da estrada.
Jady levantava os braços, chamando por ela, exasperada. Ela
aparentemente gritava algo que não podia ser ouvido por Verginia. Mas ouviu.
Ouviu o mesmo que a prima, e pensou no que isso podia dar. Sem mais devaneios,
Verginia decidiu correr e não esperar pelo final.
Sua perna doía tanto. Estava insuportável andar.
Verginia alcançou a prima e encarou o carro do outro lado.
- Não aconteceu nada...
Frase errada. Um barulho insuportável invadiu seus ouvidos, e um vento
um tanto forte as fez cambalear para trás, devido à tamanha força. O carro
havia explodido.
Jady deixou-se cair ao chão, ao lado da amiga Rana, a qual ela havia
deitado antes de chamar por Verginia.
A outra permanecia a encarar o carro, que ainda estava em chamas, lamentavelmente.
Como sairiam dali? Onde estavam?
A D
- Olha, tá sujo aqui – Alice disse para Niall, apontando para o canto da
própria boca.
O casal ainda não admitido estava dando um passeio por um dos
tantos parques de Londres e tomando um cone de sorvete. Niall insistira muito
por isso, e Alice não conseguiu dizer não a uma carinha muito fofa a qual Niall
fizera.
- Onde? – Niall perguntou.
- Deixa que eu limpo.
Ambos pararam de andar e ficaram de frente um para o outro. Alice
encarou o canto da boca de Niall, onde estava sujo com o sorvete de creme de
Niall, com os olhos semicerrados. Sorriu sacana e aproximou seu rosto ao dele,
limpando aquilo com seus lábios. Não foi exatamente um beijo, mas os dois não
fecharam os olhos durante o toque de seus lábios; apenas encaravam um os olhos
do outro.
Alice separou-se de Niall e sorriu, encarando a sua frente. Mas Niall
não conseguia desviar seus olhos do rosto da garota. Não por ficar hipnotizado,
como muitas outras vezes, mas por ter ficado confuso, apesar de não demonstrar
isso em sua face, apenas um sorriso completamente fraco, imperceptível.
- O que foi? – Alice perguntou ao perceber o olhar de orbe azuis sobre
ela.
- Só estava pensando... se você não se importa com a mídia.
Alice finalmente encarou Niall, mas tratou de desviar logo,
revirando-os. Ela encarou o chão.
- Você se importa? – ela perguntou.
- Eu preciso, não?
- Se você se importa com o que a mídia pode dizer sobre nós, não precisa
mais sair comigo. – Alice começou a se irritar. – Aliás, foi você quem me
chamou para sair.
- Eu sei, Ali. Não é disso que estou falando. – Niall dizia manso. – Eu
só queria saber se você se importava, só isso.
- E por que essa curiosidade repentina?
- Porque você me beijou, num lugar público.
- Não é a primeira vez.
- Bem, praticamente é sim, pois a última vez que nos beijamos num lugar
público foi dentro daquela cabine fotográfica. Você sabe o que veio depois.
Alice abaixou mais a cabeça, a ponto de grudar o queixo em seu colo.
Sabia que Niall estava falando a verdade. Não deviam, mas realmente tinham medo
do que mais a mídia, ou até mesmo as fãs, poderia inventar sobre os dois,
apesar de não ser nada mentira; a não ser pelo ponto de estarem namorando, pois
isso eles realmente não estavam.
Na noite do parque não houve nenhum paparazzo com seus flashes
irritantes para os atrapalharem, mas houve, com certeza, muitas fãs confusas,
mas exasperadas, a tirarem fotos do possível casal. Estavam apenas como amigos,
aliás, Alice não era a primeira amiga com quem Niall saia após se tornar
cantor. O que confirmou o incontestável – ou talvez sim – foi a cartela de seis
fotos que um fã pegara, enquanto os dois estavam aos beijos dentro da cabine. A
mídia e fãs não tinham dúvidas.
Mas realmente não estavam namorando.
Sites não deixaram de comparar as idades dos dois, deixando Alice irada.
Ela ficou chateada por saber, também, que suas próprias fãs não aceitavam Niall
como namorado. Achavam-no velho. Mas a verdade é que tinham inveja, pois sabiam
que a garota era uma Directioner. Claro que nem todas as G-Glamorous ou os
B-Glamorous – nome dos fãs das garotas: G, como girl; B, como boy; também
chamados de GG ou BG – eram fãs dos meninos, mas muitas as conheciam por eles. Ainda
muitas fãs puseram Niall contra a parede, alegando que se tivesse a garota
certa para ele, seria a cantora Demi Lovato, e não a “amadora da Alice”.
- Se não quiser mais sair comigo, não me chame mais – Alice brigou.
- Ah, então você vai ficar brava? – Niall perguntou, inconformado. –
Olha, a culpa não é minha daquelas fotos terem saído.
- Tá dizendo que a culpa é minha, então?
- Eu não disse isso.
- Niall, você quem me convidou para ir àquele parque, idiota.
- Agora eu sou idiota? Ótimo. É realmente ótimo escutar isso da garota
que eu...
Não devia ter começado a frase, e se arrependeu logo na metade, deixando
Alice curiosa.
- Que você o quê? Que você ama? Há! – Alice riu com sarcasmo. – É uma
palavra muito forte e muito difícil de acreditar quando alguém a põe para fora.
- Mas eu gosto muito, muito de você.
- Então por que está inseguro? – Foi a última coisa que Alice disse
antes de dar as costas a ir embora, mesmo a pé.
Por que está inseguro? Niall não parava de pensar numa resposta para
essa pergunta.
A D
Rana sentia uma enorme dor de cabeça ao perceber que acordara. Abriu os
olhos e encontrou um céu coberto por nuvens negras, mas podia ver que o mesmo
tinha um azul escuro bem profundo, mas conseguia saber que não chegava a ser
tão tarde. Mas o que passava por sua cabeça era mesmo uma pergunta. Como
chegara ali?
Ela sentou no gramado, alertando Jady e Verginia, que só agora viram-na
acordar, e só agora Rana as viu. Encarou o próprio corpo e franziu o rosto.
- Eca! – Rana exclamou.
Jady e Verginia se entreolharam.
- O que foi? – Jady perguntou.
- Que roupas são essas? – Rana perguntou, encaretada. – São horríveis.
- São suas roupas – Jady disse.
- Eu não uso regata – Rana observou.
- Rana, você está bem? – Verginia perguntou.
- Tenho certeza que não. Como me trouxeram até aqui? Olha, eu já disse
para pararem de fazer pegadinhas comigo. Cadê a Nathalie? – Rana levantou do
chão, fazendo as outras duas a imitarem.
- Ai, meu Deus. – Verginia suspirou. – Precisamos ir a um Hospital.
- Espera, vocês também estão sujas – Rana disse. – Nathalie e Rachel
fizeram isso com a gente, não foi? – perguntou já irada.
- Rana, só coloca na sua cabeça que estamos perdidas, OK? – Verginia
pediu.
- Perdidas? Oh, Deus. Onde está meu celular?
- Ficou no carro – Jady disse.
- E onde está o carro?
Jady apontou para o outro e Rana acompanhou com os olhos, encontrando um
carro completamente amassado e com rastros de que fora queimado, seja lá como
aconteceu.
Rana esbugalhou os olhos.
- Não estão brincando?! Suas cadelas!
- Olha aqui, a culpa não é nossa – Verginia discutiu. – Essa vaca aqui
quis conhecer o Justin Bieber e nos obrigou a ir, para... Esquece.
- Justin Bieber? – Rana perguntou num tom admirado.
- Sim – Jady disse. O cenho franzido. – Por quê?
- Ele está na cidade? Isso é incrível! – Rana tinha um sorriso que
parecia rasgar seu rosto.
- Espera, Rana não gosta do Justin – Verginia observou. – Essa não é a
nossa Rana. Nossa Rana seria a que mais ficaria puta com a situação em que
estamos. Só a antiga Rana que sorria em qualquer situação.
Jady e Verginia se entreolharam e depois encaram Rana, que tirou o
sorriso do rosto, confusa.
Um som conhecido interrompeu a observação de Verginia e Jady, fazendo as
três desviarem suas atenções para a estrada. Do lado oposto o qual as garotas
iam antes do acidente, vinha um carro. Elas não se deram ao trabalho de tentar
pará-lo, pois o motorista havia o feito sem esse esforço por suas partes. Era
uma mulher. Seu cabelo tinha um tom de cor louro escuro e estava preso num
rabo-de-cavalo alto; sua pele tinha um tom bronzeado, o que era incrível pela
vista dos Londrinos. Ela tinha uma expressão preocupada em sua face, mas logo
sorriu reconfortante para elas.
- Oi? – Verginia cumprimentou, confusa e duvidosa.
As três caminharam até a mulher que se apoiava na porta do carro, que
ela deixou aberta.
- Ouvimos uma explosão vir daqui – a mulher explicou.
- Ouvimos? – Jady repetiu.
- Todos lá da cidade, praticamente – ela reexplicou.
- Ei, eu conheço você – Rana disse. – Você, você... Não, não lembro.
- Eu também acho que te conheço – Verginia disse. – Seu rosto me parece
familiar...
Passou uma pessoa pela cabeça de Verginia, mas ela preferiu descartar a
ideia de ser aquela mulher que um dia já odiara.
- Vocês acham que eu sou Caroline Flack? – a mulher perguntou.
- Ah, então é você mesmo. – Verginia suspirou.
- Bem... – ela foi interrompida pela porta do passageiro que foi aberta
e do carro saiu outra mulher... igual a ela?
Eram parecidas, mas o cabelo da segunda a sair do carro era castanho e
estava solto. Deixaram Verginia confusa.
- Essa é a Caroline – Jady disse, indicando a de cabelos castanhos.
- Estou confusa – Verginia disse.
- Ah, somos gêmeas, isso e aquilo – a loira disse.
- Confundiram você comigo de novo? – Caroline perguntou. A irmã
assentiu. – Não sei por que. Não somos nada parecidas.
- Enfim, eu sou Jody – a loira disse. – O que aconteceu com vocês? – Só
agora ela analisou o estado das três garotas.
- Longa história – Jady disse. – Podemos contar, mas precisamos saber
onde estamos.
- Em Bristol – Caroline disse.
Verginia torceu o pescoço lentamente para encarar Jady, enraivecida.
- Em Bristol? – Verginia gritou. – Sério?
- O carro é de vocês? – Jody perguntou, indicando o carro capotado com o
queixo.
- Sim, era meu – Verginia disse.
- Desculpa se formos incomodar, mas é que precisamos de um telefone –
Jady disse. – O meu a bateria acabou e o deu Verginia não tem área.
- Sem contar que o meu foi queimado vivo – Rana disse, divertida, mas
séria.
- Podemos levá-las até a cidade – Jody disse. – Lá tem sinal.
Verginia não queria ir, mas não tinha outra escolha se não aceitar.
A D
- Será que elas estão com a Rachel? – Zayn perguntou.
- Rachel está na minha casa – Louis sussurrou.
Zayn assentiu.
Enquanto as três garotas estavam perdidas por aí, os pais e amigos
estavam preocupados com elas. Harry, Louis e Zayn estavam reunidos na casa de
June, mãe de Rana, juntos com os familiares dela.
Todos ali estavam preocupados. Não atendiam o celular; não davam sinais
de vida. Chegaram a entrar na internet, à procura de alguma manchete sobre
elas, mas nada.
A campainha soou, fazendo todos naquele ambiente torcerem o pescoço para
ela, ou seja, Harry, Louis e Zayn, que estavam no Hall de entrada da casa,
sentados na escada, que ficava de frente para a porta.
Harry levantou de seu lugar e correu abrir a porta, deparando-se com
Julio.
- Harry! – o homem cumprimentou-o. – Você não sabe onde está minha
filha, sabe?
Harry apenas meneou a cabeça.
- Onde está o pessoal? – Julio perguntou, adentrando a casa.
- Na sala. – Harry apontou.
- Obrigado.
Julio saiu em direção à sala.
- Bem – Louis começou – , eu preciso ir. Deixei Rachel sozinha em casa,
estou com medo do que possa acontecer. – Levantou-se.
- Cara, você está falando como se ela fosse um animal de estimação –
Zayn brincou.
- Animal ela já é. Ainda estou resolvendo a adoção; só assim ela vira um
de estimação.
Os três soltam um riso fraco.
- Vai logo – Harry disse.
- Me expulsando! OK. Tchau, tchau – Louis despediu-se antes de ir
embora.
O celular de Harry vibrou, alertando-o de uma ligação. Ele sacou o
aparelho de seu bolso da calça e encarou a tela, franzindo o cenho em seguida.
Zayn assistia a cada movimento seu, e franziu o cenho também. Harry continuou
encarando a tela, até o toque encerrar. Zayn arqueou as sobrancelhas, cético.
- Por que não atendeu?
- Era a Caroline. – Harry nunca tirava seus olhos da tela do celular.
- Qual delas? – Zayn perguntou, divertido.
Harry deu um leve tapa na nuca de Zayn, que riu preguiçosamente.
- Tá, a Flack – Harry admitiu. – Mas é estranho... Ela avisou a todos os
próximos que iria passar um tempo com a irmã em Bristol, fugir um pouco de
Londres. Já faz dias.
Zayn franziu os lábios, e o celular voltou a tocar. Dessa vez Harry
atendeu.
- Pronto.
- Oi. Atrapalhei algo? – Caroline perguntou do outro lado da linha.
- Nada. Eu fiquei um pouco confuso com a sua ligação. Você não está em
Bristol?
- Estou, estou. Eu e mais umas pessoas.
- E eu preciso saber?
Harry quis não ligar, mas por um momento ele pensou ouvir gritos do
outro lado da linha.
- Claro que precisa, Sr. Rude. Liguei para avisar que suas amiguinhas
estão aqui, em Bristol.
- Obrigado pelos nomes citados – Harry disse, sarcástico. – Estou muito
bem informado.
Caroline bufou.
- Uma tal de Verginia, que não para de gritar, uma patricinha, Rana, e
outra garota, que só fica reclamando porque não conheceu o Justin Bieber, essa
eu não sei o nome.
Harry cutucou o braço de Zayn e apontou para a porta. Zayn ficou
confuso, mas seguiu o amigo que levantou e saiu da casa.
- Alô? – Caroline chamou.
- Estou aqui – Harry respondeu, após fechar a porta da casa. – O que
aconteceu com elas?
- Acho melhor você ver com os próprios olhos. Eu posso exagerar.
- Tudo bem. Me fala a localização...
A D
Verginia urrava de dor enquanto Jody tentava tirar o pedaço enorme de
vidro de sua perna com um alicate.
Era impossível. O vidro tinha um formato losango. Não era fino, mas
razoavelmente grosso.
- Calma, garota – Jody disse – , não é tão difícil quanto dar a luz.
Confia em mim.
Verginia gemeu em frustração.
- Obrigada, muito obrigada! O mundo está contra mim. – A cabeça de
Verginia pendera para trás, enquanto ela voltava a urrar.
- Não seja dramática – Jody disse. – Vou voltar a puxar.
- Jody – Verginia parou de falar para respirar de modo descompassado – ,
já chamaram por alguém. Eu posso esperar, assim eu vou ao Hospital de Londres,
e tudo fica bem.
- Nada disso! Tem noção de que isso possa te infectar?
Verginia
gemeu novamente, frustrada. Caroline adentrou o quarto.
- Liguei para o Harry.
A garota gemeu novamente em frustração, pendendo sua cabeça inteiramente
para trás.
- Ótimo – Jody disse. – Ele deve chegar aqui em duas horas.
Verginia grunhiu.
- Eu vou enfartar! Você disse duas horas?
- Duas horas – Jody repetiu.
Verginia grunhiu novamente, relaxando totalmente sobre a cama onde
estava repousada.
Jady adentrou o quarto, puxando Rana pelo cotovelo.
- V, eu acho que temos que ir ao Hospital logo – Jady alertou. – Tenho a
leve impressão de que Rana perdeu a memória.
- Desde quando eu sou cantora, gente? – Rana perguntou retoricamente, inconvicta.
– Isso é impossível de um dia para a noite. E eu já disse que odeio essas
roupas?
- Vocês não querem tomar um banho? – Caroline perguntou.
- Por favor! – Jady dramatizou.
- OK. Desculpa, Verginia, mas acho que não vai ser possível você tomar
banho – Caroline lamentou.
- Ah, me esquece – Verginia disse de modo apressado.
Caroline franziu o cenho, incrédula.
A D
- Cara, me explica isso direito – Zayn tagarelava enquanto dirigia, sem
tirar sua atenção da estrada. – Se as encontrou...
- Não as encontrei, merda! – Harry resmungou.
- Tudo bem... Se sabe onde estão, porque não avisou os parentes. Eles
estão superpreocupados.
- Não sei, só quero pegá-las de uma vez e trazê-las de volta.
Zayn riu.
- Dá um belo sentido a música Save you tonight.
- Cara, dirige aí, vai.
Zayn riu novamente.
Harry tinha a localização certinha num mapa em seu celular, e indicava
sempre a Zayn. O garoto dos cachos meneou a cabeça e encarou a rua. Arqueou as
sobrancelhas ao avistar duas garotas conhecidas.
- Zayn, para o carro! – Harry pediu, enérgico.
- Ah, não vai dar outra de ator, não, vai? Porque você adora fazer isso.
Os dois começaram a discutir ao mesmo tempo.
- Não, é sério. Para esse carro.
- Não dá...
- Zayn, para esse carro...
- Estamos atrás das garotas...
- Zayn, para esse carro...
- Vamos seguir em frente...
- Para essa merda de carro!... – Harry começou a gritar, incentivando o
amigo a fazer o mesmo.
- As meninas, cara!...
- Eu mandei parar o carro!...
- Não vamos deixá-las esperando!...
- Puta que pariu! Para logo!...
- Não insista!
- Por favor!
Zayn grunhiu, e virou o volante com brutalidade, parando junto à
calçada. Harry saiu e virou o carro para chegar à calçada. Zayn abaixou o vidro
da porta e o encarou.
- Me espera aqui – Harry disse.
- Claro. Não sei para onde ir, bestão!
Harry amostrou-lhe o dedo médio antes de sair andando em passos largos e
firmes. Parou de andar, quando alcançou as duas garotas, que se encontravam num
ponto de parada, com algumas malas no chão em volta delas. Encaram-no irritadas
quando o viram.
- Vão a algum lugar? – Harry perguntou.
- Não te interessa? – Eve disse veemente. – Que é? Está nos seguindo?
- Se acha tão importante a esse ponto? – Harry perguntou indiferente.
- De importante eu nada tenho, era o que eu pensava antes de te
conhecer.
- Mas é muito iludida mesmo. Vão viajar?
- Por que não nos deixa em paz?
- Estou achando o comportamento de vocês muito estranho – Harry observou,
ignorando as palavras de Eve. – Tire minhas dúvidas. Quem é Dona Miranda? É a
mãe de vocês?
- Não é de seu interesse.
- Como não, se pergunto?
Eve revirou os olhos.
- E você, gracinha? – Harry agachou, dobrando seus joelhos e ficando
frente a frente com Carly.
- Não quero falar com você. – Carly virou o rosto.
- Assim eu fico triste. – Harry fez bico.
- Harry? – Zayn chamou, aparentemente dando ré lentamente até o mesmo, sem
atrapalhar o ponto de parada, mantendo uma distância razoável. – São fãs ou
você as está perturbando?
- Está nos perturbando – Eve disse.
- Harry, vamos embora! – Zayn apressou.
- Um segundo. – Harry revirou os olhos. – Olha a mentira, Harold – disse
para si mesmo. – Um minuto. Onde estão indo?
- Ao aeroporto – Carly disse, recebendo um olhar repreensor de
Eve – , mas isso não é da sua conta.
- Ótimo – Harry disse, sem humor. – Nós vamos levá-las. Não vamos, Zayn?
- Levo elas até à China se formos logo atrás das garotas – Zayn disse.
- A-aconteceu alguma coisa? – Eve perguntou gaguejante. – V-vocês parecem
apressados.
- E você parece transtornada – Harry disse. – Você vai fugir!
- Não inventa ideia – Eve discutiu.
- Cara, Verginia tá esperando – Zayn disse. – Vai dizer que não quer ver
aquele rosto angelical?
- Ginia? – Carly gritou. – Mana, eu quero me despedir dela!
- Não, Carly –
Eve contestou. – O voo já, já vai sair.
- Ah, você quer ver Verginia? – Harry perguntou, maléfico. – Vamos ver
Verginia.
Harry abriu a porta traseira do carro e Carly entrou o mesmo,
saltitante. Eve encarou um Harry sorridente e vitorioso, apontando para a porta
aberta enquanto segurava-a. A garota revirou os olhos e entrou, vencida.
Rana vai voltar a ser Paty?! e a Carly e Eve...misterios LoooL, ah e eu gostei do nome das fãs hahaa... CONTINUAA *-* BJS
ResponderExcluirn sou pat, só gosto de coisas de moda '-'
ResponderExcluirmas enfim
tomara que não rssssss
continua !!1
esta tenso e estranho, se o blog fosse todo dia sobre hots e relacionamentos eu ia amar !
ResponderExcluirBOM CONTINUA.
ResponderExcluirMuito bom ! Continua, o que será que vai acontecer? O.o
ResponderExcluirpartes hots e tomara que Rana se recupere kkkkk
ResponderExcluir