- Sabe o que é
engraçado? – Harry perguntou à Verginia enquanto caminhavam naquele tumulto,
encarregados de equipamentos – como cadeiras de camping e almofadas. – Que hoje
você pode estar aceitando apenas ser minha amiga, mas amanhã aceitará ser minha
namorada, e quem sabe depois de amanhã não aceite ser minha mulher? – Riu
maliciosamente.
- E eu só estou
esperando a queda, quando você acordar – Verginia zombou.
Harry riu.
- Mas sabe o que é
mais engraçado? – ela perguntou sarcasticamente. – O fato de eu estar
carregando as cadeiras e você apenas as almofadas.
- Você pegou as
cadeiras, então não quis discutir.
- É uma boa hora para
me arrepender de ter aceitado vir contigo?
- Não. Sinto muito,
mas agora é tarde.
- Sem problemas.
O dia não estava muito bom para passear num parque, muito menos assistir
um filme nele. O céu estava nublado, e antes de sair de casa, Verginia
confirmou que dali vinha um temporal com o Meteorologista local.
- Ao menos sabe que
filme vamos assistir? – Verginia perguntou.
- Bem, é um Festival,
então creio que sejam mais de um – Harry disse. – Não faço ideia.
- Espero que não
rolem filmes de Terror.
- Eu espero o
contrário. – Harry sorriu.
- Para. Não podem
simplesmente rolar um filme de Terror num Festival, aqui tem muita criança. –
Verginia analisou as pessoas.
Harry apenas deu de ombros. Verginia continuava a carregar as cadeiras
com certa dificuldade, arfando a cada segundo. Aquelas simples cadeiras de
camping costumavam ser tão pesadas assim?
- Será que tem alguém
conhecido por aqui? – Vergina perguntou.
- Não tenho certeza,
mas acho que Louis vai vir com Eleanor, e Liam com Danielle.
- Sério? – Ela
sorriu, animada. – Sempre quis conhecê-las. Se vierem, será que vamos nos
esbarrar?
- Quem sabe?
Finalmente chegaram todos ao destino final. Pisavam no gramado de maior
extensão de todo o Hyde Park. Árvores distantes, céu à vista... E repleto de
nuvens, aliás. Mais à frente, podiam avistar a grande tela inflável de cinema,
onde rodariam os filmes.
- Onde ficamos? –
Verginia perguntou.
- Um pouquinho mais à
frente – Harry respondeu, sempre encarando a sua frente.
- Perto da tela?
- Basicamente no meio
de tudo.
- Ah.
Ao chegarem ao local desejado, armaram as cadeiras e ajeitaram suas
almofadas, sentando-se em seguida.
- Agora é só esperar
– Harry disse.
Ambos relaxaram por completo na cadeira, sem mais assuntos. Verginia
observava cada canto do parque curiosamente, enquanto Harry cruzava as mãos
atrás da cabeça e mantinha seus olhos fechados. Ao longe, a garota pôde avistar
uns homens, e carregavam câmeras profissionais. Quem disse que teriam sossego?
- Ér, Harry, temos
companhia – Verginia avisou.
Ela cutucou o garoto ao lado e ele abriu o olho da direção dela. Ela
indicou o conjunto de árvores, longe dali, e assim ele pôde entender, abrindo
finalmente o outro olho.
- Mas que merda! –
Harry praguejou. – Que é? Nos viram pelas câmeras do Governo?
- Harry. – Verginia
riu.
- É verdade. Pelo
menos eu não os vi antes de chegar aqui.
- Eu também não. Quem
sabe eles não adivinharam?
- Ou nos seguiram.
- Não.
- Às vezes você é tão
inocente – Harry zombou.
- Sei. – Verginia
ignorou-o.
Após se passarem alguns minutos, não, o filme não começou. Mas uma coisa
bem interessante aconteceu e chamou a atenção de todos. Um rapaz que se
encontrava numa das primeiras cadeiras levantou-se e pôs-se à frente de um
amigo que tinha uma câmera em mãos, gravando-o. Essa câmera transmitia a imagem
que gravava para o telão, mais à frente. O rapaz caminhou até uma das meninas
de seu grupo de amigos, e pegou-a pela mão, levando-a até a frente de todo o
público. A câmera agora gravava os dois, que estavam de mãos dadas, olhando um
nos olhos do outro.
- Ashley Carmone...
Estou aqui, hoje, na frente desse enorme público, para lhe fazer um pedido
especial. – O rapaz dizia do jeito mais lento e paciente possível. – E sem
muita delonga, eu vou tirar essa caixinha aqui do meu bolso – ele enterrou a
mão no bolso do casaco e dali saiu uma pequena caixa de veludo azul-marinho – e
pedir para que seja minha. Aceita se casar comigo?
- Aceito – a garota
respondeu, sem hesitar.
Todos aplaudiam enquanto o rapaz deslizava o simples anel dourado pelo
dedo da noiva.
- Nossa – Harry
comentou. – Nunca esperei presenciar uma cena dessas. E é horrível, parece
novela. Socorro!, não quero presenciar de novo.
- Não achou um ato
bonito do rapaz? – Verginia perguntou indignada. – Chegar na frente de milhares
de pessoas, com sua imagem num telão, e pedir a mulher que ama em casamento?
- Ao menos que ela
dissesse não, talvez eu achasse bonito. – Harry riu.
- Uau, estou tirando
minhas tripas, de tanto rir – Verginia disse sarcástica.
Verginia amarrou a cara e olhou para o lado oposto de Harry.
A D
- E o que você pensa
em responder? – Louis perguntou.
Niall apenas meneou a cabeça, franzindo os lábios.
O loiro acabara de contar o ocorrido com Alice e o que ela lhe propôs
aos dois amigos ali presentes.
A tarde estava nublosa, mas não impediu os três amigos jogarem umas
partidas de Basquetebol. Um ótimo meio de conversarem. Ao perceberem que o
parque estava chato demais, os dois casais de namorados decidiram visitar Niall
em sua casa, já que o mesmo passaria o sábado só.
- Olha, na minha
opinião – Liam começou, calmo como sempre – , você deveria jogar logo as cartas
na mesa. Dizer a ela o que sente.
- Acha que isso é
fácil? – o loiro perguntou.
- Deu certo com a
Danny.
- E com a Els também.
Ah, deu certo com a Hannah também.
- Dá certo com todas
– Liam disse. – Claro, com todas que sentem o mesmo.
- E as interesseiras
– Niall disse.
- Retire o que disse!
– Louis berrou, incrédulo.
- O que eu disse?
- Chamou a Ali de
interesseira?
- Claro que não. Só
concordei com o Liam e acrescentei que existem muitas interesseiras também.
- Huh!
- Mas aí, Niall –
Liam chamou. – Te desejo sorte. Alice pode ser bem complicada quando quer, e
acho que ela está preparando um labirinto pra você.
- Pra mim, Alice quer
ficar fechada – Louis disse.
- E o que você sugere
que tenha no final do labirinto, Liam? – Niall perguntou.
- O coração dela?
- Estão querendo
dizer que ela não quer uma relação com ninguém?
- Pode ser.
Niall encarou o chão.
Não muito longe dali, Eleanor e Danielle observavam os garotos e
conversavam.
- Ah, estou com
saudades do meu Liam – Danielle disse manhosa.
- Own, você está com
saudades do seu Liam – Eleanor disse, com um biquinho em seus lábios.
- Não exagera, Els.
- Desculpa. Mas não
se preocupe. Louis também anda estranho.
- Eu sei. Ele parece
um gay quando anda.
Eleanor estapeou o braço de Danielle, que riu.
- Brincadeira. Mas
seja o que for, vou descobrir o que é.
- ‘O que é’ o que? –
Eleanor perguntou confusa.
- O que o Liam tem,
cabeça! – Danielle esbravejou.
- Ah, tá, desculpa.
A D
- Hally! – gritou uma
menininha que passeava pelo meio das pessoas alegremente.
- Carly? – Harry
perguntou confuso. – Carly! – gritou ao confirmar que era mesmo a menina quem o
chamara.
- Hally! – Carly
correu para os braços do garoto, que agarrou-a e beijou o topo de sua cabeça.
- Como vai?
- Bem. – Ela riu.
- E como eu fico,
hein? – Verginia perguntou, num tom divertido.
- Oi, Ginia. – Carly
abraçou a garota.
- Não se perdeu de
novo, né?
- Não.
- Carly! – Pelo o que
parecia, a “mana” chamava por ela.
- Nem fugiu? – Harry
perguntou.
- Bem... – Carly riu.
- Carly. – Verginia
olhou para a menina com um olhar de advertência.
- Carly, nunca mais
fuja assim – a mana bronqueou.
- Desculpa, mana.
- Tudo bem. Desculpa,
ela incomoda tanto, né? – perguntou aos dois sentados.
- Que nada – Verginia
negou. – Ela é uma fofa. Iluminou o meu dia. – Olhou com desprezo para Harry.
- Nossa, te trago
aqui, como bons amigos, e você me despreza desse jeito?
Verginia deu língua a Harry.
- Carly, vamos voltar
– a mana disse.
- Não, mana, vamos
ficar perto deles.
- É, sentem perto da
gente – Verginia disse.
- Por favor, mana.
A mais velha ficou derretida com a carinha fofa que Carly fazia, então
cedeu e foi buscar as cadeiras. Verginia comemorou com Carly, e Harry disse que
compraria pipoca, pois o filme já ia começar.
- Vocês são fofos
juntos – Carly disse.
- Ahn, obrigada, fofa.
– Verginia sorriu. – Mas, sabe, não somos namorados nem nada. – Riu tímida.
- Parecem. Se olham
de um jeito tão fofo.
Verginia riu ainda tímida.
- E você? Tem
namorado?
- Não. – Carly fez um
biquinho. – O ‘galoto’ que eu gosto nem fala comigo. – Cruza os braços.
- Fica assim, não.
Ele já, já vai olhar pra você, eu garanto. Quantos anos você tem?
- Acabei de fazer
‘tlês’.
- Ah, ainda é muito
nova pra pensar em namorar. E onde está a sua mãe?
- Bem...
- Carly, me ajuda
aqui – a mana chamou.
- Ah, deixa que eu
ajudo – Verginia disse.
Verginia ajudou a garota com as cadeiras e sentaram-se todas.
- Então? O que
conversavam?
- Queria saber sobre
a mãe de vocês. Onde ela está?
- Está viajando.
Sabe, mamãe viaja muito.
- Mas... – Carly foi
interrompida pela irmã.
- Ela está viajando,
Carly. Não sabia?
- Não.
- Ah, acho que ela
nem chegou a te avisar. Pois bem. Está viajando. Acho que foi para Boston.
- E o pai? – Verginia
tornou a perguntar.
- Esse está em casa.
Mas por que essas perguntas?
- Bem, é que vocês
sempre estão sozinhas, na verdade, nem eu sei. São perguntas que me vieram à
cabeça.
A garota olhou-a desconfiada.
- Ah, meu nome é Eve.
– Ela estendeu a mão para Verginia, que apertou. – E você é Verginia.
- Obrigada pela
oportunidade de me apresentar – Verginia disse sarcástica.
- De nada. – Eve
sorriu. – E o Harry?
Enquanto conversavam, um dos assessores do Festival dizia umas palavras
aos convidados daquele dia, a frente do telão.
- Foi comprar pipocas
– Verginia respondeu.
- Ah. Essa daqui
acabou com tudo antes mesmo do filme começar. Me arrependo de ter comprado
àquela hora. Aliás, esse filme não vai começar, não? – Eve esbravejou.
Harry chegou com quatro sacos de pipoca e distribuiu para as garotas,
que agradeceram.
- Legal. Sou o único
cara entre três garotas.
- Coisa que você
adora, né, Harry – Verginia disse.
- Mas tem uma criança
aqui. Burra! – Harry deu um tapa na testa de Verginia.
- Não é motivo para
eu ser burra.
Alguém da “plateia” fez shhh! para Harry e Verginia, e
só assim perceberam que o filme estava começando.
A D
- Que tal hamburguer?
– Rachel perguntou.
- Acho muito passado
– Rana disse. – E caloroso também.
- É gorduroso –
Rachel corrigiu.
- Tanto faz.
- E desde quando
voltou à época “sou patricinha”?
- Desde nunca. Eu só
quero que arranjemos um lanche mais... Comível?
- E hambúrguer serve
pra cheirar – Rachel disse sarcasticamente. – Está bem. – Voltou seu olhar ao
cardápio à mesa. – Croissant de frango?
- Quantas calorias?
- Engorda dez quilos
e ainda ganha um soco meu grátis. Quer?
- Ei, calma. Olha a
fumaça saindo da cabeça. Vai ficar mais vermelha que o sol.
Rachel encarou-a séria.
- Tá, eu sei que o
sol é, na verdade, verde.
- Rana!
- Que é? É sua cor
preferida e...
- Foco no lanche.
- OK! Vou parar.
A campainha soou.
- Atende pra mim? –
Rachel perguntou.
- Sou visita.
- Vai virar caso de
morte, se não for atender – Rachel disse ameaçadoramente.
Rana bufou e se retirou, caminhando em direção à porta. Ao abri-la,
depara-se com uma garota, de cabelos lilás/rosa, parada a sua frente.
- Oi?
- Ela não vende mais
drogas – Rana disse rapidamente, já fechando a porta.
Perrie consegue segurar a porta com as mãos.
- É contigo mesmo com
quem quero conversar. Estive te procurando esses dias.
- Por quê?
- Posso entrar?
Rana pensou. Enfim, ela decidiu dar passagem para a garota, que adentrou
a casa.
- Já vou dizendo que
essa casa não é minha – Rana disse – , então, por favor, não quebre nada.
- Eu sei. Passei na
sua casa e sua mãe disse que você estava aqui.
- E como sabe onde
moramos?
- Internet. Vocês são
celebridades agora. E você sabe; Celebridades não têm muita privacidade.
- Sei bem. – Rana
cruzou os braços.
- Pois bem – Perrie
murmurou. – Queria me desculpar pelo que aconteceu há uns meses atrás. Eu fui
mesmo uma louca pirada. Agora sim entendi porque o amor é cego. Bem, eu estava
cega, e espero que me perdoe.
Rana não respondeu.
- Bom – Perriu
começou – , não quero que sejamos amigas, só quero que me perdoe mesmo, então
não precisa de tempo para pensar.
- É uma pena, Perrie,
pois acho que seríamos ótimas amigas. – Rana sorriu.
- Você me perdoa?
- É claro. Foram
águas passadas. Eu também quero pedir desculpas por ter dito umas coisas más
para você. Acho que passei dos limites.
- Não tanto quanto
eu. Ameaçar as amigas do meu ex. Cara, eu fui uma idiota!
Ambas riram.
- Que bom que acabou
– Perriu murmurou.
- Eu e a Rachel vamos
a uma balada, hoje. Tá a fim de ir também? Você pode chamar as outras meninas
da Little Mix.
- Eu vou sim. Mas
apenas Jade pode ir, as outras duas estão ocupadas.
- Está bom assim. –
Rana assentiu.
Perrie sorriu, assentindo.
A D
Todos ali assistiam ao filme atentamente, mesmo que esse já fora visto
por toda a população do mundo, muitas e muitas vezes. Harry olhou para o rosto
de Verginia e permaneceu a encará-lo.
- O filme é do outro
lado – Verginia murmurou, ainda prestando atenção ao filme.
Harry riu.
- Sua feição é muito
mais interessante.
Ele se aproximou do ouvido da garota e murmurou-lhe:
- Sabe, esse filme
poderia se chamar Sr. E Sra. Styles.
- E por que acha
isso? – Verginia nunca tirava seus olhos do telão.
- Porque vivemos
brigando e nos amando, como os personagens Smith.
- Você não é um
assassino lendário, é?
Naquele momento, uma gota d’água acabara de cair no nariz de Verginia,
então Harry passou o dedo, secando-o.
- Não. Você é?
- Se não parar de me
perturbar, eu posso pensar em me tornar uma.
Harry riu novamente.
As gotas de chuvas que começaram a cair pareciam não incomodar a ninguém
ali.
- Viu, somos
perfeitos para os papéis. – Ele inclinou-se para sua posição normal na cadeira,
mas continuou encarando a garota. – Acho que plagiaram a nossa vida.
- Tá, mas a diferença
é que não somos casados, muito menos assassinos.
- A primeira é só
questão de tempo até pularmos o campo da amizade.
Finalmente Verginia encarou Harry.
- Agora eu entendi.
Você não quer apenas amizade, quer algo mais. – Suspirou. – Mas eu já devia
saber.
Verginia levantou-se e caminhou dentre os espaços mínimos entre as
pessoas. Harry retirou o sorriso que tinha, cerrou os olhos e suspirou.
- Dá pra parar de ser
idiota, Harold? – ele sussurrou para si mesmo.
Harry levantou-se rapidamente da cadeira e seguiu Verginia. Percebeu que
a maioria das pessoas estava debaixo de um guarda-chuva de camping. Sorte a
deles. Inconsequentemente, as pequenas gotas de água viraram um grande
temporal. Os guarda-chuvas já não eram mais necessários, as pessoas molhavam-se
de qualquer forma. Então todos desistiram do filme. Juntaram suas coisas e
saíram correndo. Harry correu à procura de Verginia, mas estava sendo
impossível devida escuridão que o céu proporcionava àquela tarde. Enfim,
achou-a debaixo de uma das árvores ao longe. Harry correu até ela, que abraçava
os próprios braços.
- Vamos sair daqui! –
Harry gritou.
- Não! – ela gritou
de volta. – A água. Está gelada.
Ambos gritavam, por causa do barulho perturbador que a chuva fazia ao
tocar o gramado, que agora começara a ficar fofo e escorregadio até demais. Não
havia mais ninguém por ali, e, pelo que perceberam, o telão foi desligado,
provavelmente por um assessor.
Verginia estava razoavelmente vestida para um dia frio. Tinha uma blusa
manga longa segunda pele com decote em V e calça jeans comprida ao corpo.
Apenas! Já Harry, estava adequadamente vestido para um dia frio – pelo menos àquele dia
de frio. Vestia um sobretudo de lã preto, que logo desabotoou e retirou
bruscamente de seu corpo. Ele pôs-se debaixo da mesma árvore onde Verginia
estava – pois mantinha-se debaixo da chuva o tempo todo que ficou apenas a encarando
– e passou o sobretudo pelos braços dela. Ajudou um pouco. Verginia parou de
tremer e encarou os olhos de Harry, que fazia o mesmo com ela.
A D
- Mas que merda! –
Rachel vociferou, encarando o dia lá fora pela janela da cozinha.
- Será que essa chuva
vai passar logo? – Rana perguntou.
- Tem que passar! –
Perrie disse. – Não podemos desmarcar o programa de hoje.
- Tá, mas o que a
gente vai ficar fazendo nesse tempo? – Rachel perguntou. – Eu estava pensando
em dar uma passeada enquanto a noite não chegava. – Ela encarou o relógio de
parede da cozinha. – Ainda são 17: 42.
- Um filme, talvez? –
Perrie deu de ombros, franzindo o lábio inferior.
- Só se for terror –
Rachel disse.
- Claro! – Rana
concordou. – Com esse tempo, o melhor filme pra assistir é de terror mesmo.
- Então vamos! –
Perrie sorriu animada.
A D
- Não podemos
continuar aqui – Harry disse ao pé do ouvido de Verginia, que estremeceu mais.
– Olha, eu te dei meu casaco, ele pode te proteger dos pingos gelados.
- E v-você? – ela
perguntou com certa dificuldade.
- Eu estou bem. Olha,
nem estou com frio.
Era verdade. Harry estava, na verdade, quente, num bom sentido. Acontece
que o casaco já havia esquentado seu corpo, então poderia aproveitar o tempo
que lhe restava com o calor na pele. Logo precisaria urgente de um cobertor
pelo menos.
- Vamos? – Harry
tornou a perguntar.
Verginia assentiu relutante. Harry agarrou a mão dela e deu uns passos,
mas Verginia o puxara de volta, causando um grande impacto entre os dois, que
fez com que Harry a encurralasse na árvore. Um calor diferente se formou nos
corpos de ambos. Era um calor tão bom. Olhavam um nos olhos do outro.
- Olha, eu só quero
que saiba que não estou planejando nada – Harry murmurou. – Não quero nada mais
que amizade, sério. Desculpa se te fiz pensar isso.
Verginia engoliu em seco.
- V-você não precisa
se desculpar... – Verginia gaguejou não por frio, e sim por nervosismo.
Até que aconteceu. O beijo aconteceu!
Mas estava tudo errado. Verginia quem o beijara, e ele quem recuara. Mas
Harry acabou por ceder ao beijo, segurando a nuca de Verginia, puxando-a o mais
perto impossível. Não foi um beijo calmo, foi mesmo desesperado. Suas línguas
trabalhavam desde o mínimo toque de ambos os lábios. O ar ainda não fazia
falta, mas Harry empurrou Verginia, que bateu com as costas no tronco da árvore,
e saiu dali em passos firmes. Verginia sentiu seus olhos marejarem enquanto
encarava o garoto se afastar debaixo da chuva. Respirou fundo e foi atrás dele,
gritando seu nome. Parecia que a chuva nem estava ali. O fato de Verginia estar
correndo deu a chance a ela de conseguir se aproximar o suficiente de Harry
para agarrar a mão dele, que parou de andar, mas permaneceu ereto.
- O que aconteceu? –
Verginia perguntou, ainda segurando a mão do garoto.
- Tudo aconteceu –
Harry respondeu friamente.
- Não seja dramático.
- Acha que estou
sendo dramático? – Harry gritou, virando-se bruscamente para a garota,
fazendo-a recuar. – Pois eu prefiro ser dramático que uma sem noção como você!
- Então eu sou uma
sem noção? – Verginia perguntou, irada.
- É! Primeiro você
tem vontade de arrancar cada parte do meu corpo e dar até para cães, depois,
você me beija!
- Não tenho culpa
se...
- Não tem culpa se
sou irresistível, né – Harry disse sarcástico. – Tem razão, a culpa é minha.
- Não acredito que
beijei você – Verginia disse, enojada.
- Disse o mesmo após
transar comigo. “Não acredito que transei com você, blá, blá” –
Harry tentou imitar a garota. – Acontece que eu sou incrivelmente irresistível,
admito. Eu tenho mesmo que parar de andar com vadias como você.
Antes mesmo de Harry fechar a boca, Verginia dá um tapa bem forte no
rosto dele, que manteve-se com o rosto virado, apenas ouvindo Verginia gritar.
- De novo, Harry? –
Verginia não aguentara segurar por tanto tempo, então cedeu às lágrimas e
soluços. – Já não é a primeira vez. Eu definitivamente te odeio! Tentei te dar
uma chance, tentei gostar de você, mas eu só consigo te odiar.
O garoto arqueou a sobrancelha, cerrando os olhos, sério. Trincou o
maxilar e encarou a garota, que também o encarava com o semblante choroso.
Inclinou-se até ela, ficando face a face, um sentindo a respiração do outro.
Ele fincou os dentes superiores no lábio, preparando-se para dizer algo.
- Foda-se – ele
murmurou.
Ela ficara chocada com a resposta, mas permaneceu o olhar, assim como
Harry. O olhar do garoto desceu dos olhos verdes claros para os lábios rosados
de Verginia, que oscilava entre os lábios e olhos do garoto. E o beijo
novamente acontece. Agora, mais calmo, apenas um tocar de lábios. Harry
envolveu a cintura de Verginia e puxou-a para cima, apoiando-a em seu peitoral.
Quem pedira permissão para aprofundar o beijo fora Verginia, novamente tomando a
iniciativa.
Harry esperara tanto por esse beijo. O tão esperado beijo na chuva. Mas
queria que fosse especial. Foi especial, para ele?
O rapaz separou-se de Verginia abruptamente, mas um tanto relutante, e
saiu novamente em passos firmes, sem que Verginia o impedisse. Ela apenas o
observou afastar-se, novamente. Lágrimas e mais lágrimas caiam pelo seu rosto,
mas eram totalmente despercebidas e podiam ser confundidas com os respingos de
chuva que caiam também em seu rosto. Estava desolada.
Sacou seu celular de dentro de sua pequena bolsa e discou uns números,
levando-o ao ouvido em seguida.
- Mãe? – perguntou
chorosa. – É... Vem me buscar?...
Pow Harry, ñ ti entendo meu rapaz kkkkk,Tá mtoo FODAA vei, CONTINUAA, ah e ameei o "Varry" kkkk,e tbm amei que Haylor acabou,o ruim é que as fãnsinhas dela, estão xingando ele, como se a Idola delas, fosse a certaa, aff..bem e que venham os HOT's, beeijss *-*
ResponderExcluirHerginia ou Varry kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirnao sério, me mijei de rir quando vi isto. Mas ficou legal, esse Harry me deixa confuso ixi. sabe, eu n sei porque a Perrie teve raiva de mim, afinal que teve o rolo com Zayn foi Alice ;/// '-' Eu acho ela linda e voz perfeita, mas sl, n curto mt ela. Mas acho que ela ta fazendo o meu homem feliz , então ta. Ah eu tinha dito que na fic você tinha dito imoralidades pra mim , xingamentos entende? tipo: "Puta" . mesmo sendo em uma fic, fico constrangida. ah rachel , qual seu signo? o meu é escorpião. procura sobre o signo que vc vai saber melhor sobre mim !
uhu , chegando a parte hot, to doida , continua !
ResponderExcluirMuito bom, continua!
ResponderExcluirpoxa Harry esta nos deixando confusa. rsrs Zayn e Rana hot? uhul adoro
ResponderExcluirto amando gata.
ResponderExcluirMuuuuuuuuuuuito massa, mano,continua logo que to piradona aqui kkkkkk
ResponderExcluirvocê é uma leitora mt dedicadora, continua !
ResponderExcluirContinua.
ResponderExcluir