- Onde; como; por quê e quando? – Liam adentrou a casa de Louis
abarrotando-o de perguntas.
- Quarto de hóspedes; a pé; te explico agora mesmo e hoje, mais cedo –
Louis respondeu.
-
OK. Começa a explicar.
- Tá. Ela chegou chorando, e disse é uma fugitiva. Na verdade, não
consegui entender direito, por causa dos soluços, mas foi basicamente. E você
conhece a Rachel: sempre dramática. Então não devemos levá-la tão a sério.
- Então ela está fugindo. Mas exatamente do quê? – Liam ergueu uma
sobrancelha.
- Cara, não tive a coragem de perguntar. Mas espera ela acordar, aí ela
esclarece tudo.
- Louis? – A voz de Rachel ecoou pela sala, fazendo dois pares de olhos
virarem-se para ela. – Oi, Liam.
- Olá. – Liam aproximou-se dela. – Como você está? – Tocou-lhe o rosto
carinhosamente.
- Nada bem.
- Vai nos contar o que está acontecendo? – Louis intrometeu-se.
- Eu acho que não. – Rachel abaixou o olhar.
- Ótimo! – Liam virou-se para Louis, dando as costas a Rachel. – Vim à
toa.
- Chamou ele aqui? – Rachel perguntou diretamente aqui.
- Achei que eu fosse precisar de um pouquinho de ajuda – Louis
defendeu-se.
- Eu estou ótima, é sério. Eu só preciso de um favor. Eu quero
permanecer seja onde for, mas para a minha casa eu não volto tão cedo. Vocês me
ajudam?
Liam e Louis
entreolharam-se, indecisos. Louis soltou um longo suspiro.
- Você pode ficar aqui.
Rachel
sorriu, agradecida.
A D
- Verginia Lopes, que susto foi esse?
- Também é bom te ver, Sra. Bucker – Verginia ironizou, séria.
- Quando Rana me ligou, eu quase tive um infarto! – Jady praticamente
gritava dentro do quarto do Hospital. – O que será de mim?
- Deve ter algum motivo para esse exagero todo. Fala o que é.
- O que é? – Jady repetiu dramaticamente. – O Justin vai chegar em
Londres em menos de duas horas, e você está presa nesse quarto de Hospital. Eu
até bolei um meio de vocês dois se barrarem.
- É só olhar para a minha cara de culpa. – Verginia mantinha-se séria.
Jady analisou
o semblante de Verginia e percebeu que ela não estava mesmo bem.
- Tudo bem, devo ter exagerado. – Jady sentou na cama. – O que
aconteceu? – perguntou docemente.
Verginia
meneou a cabeça, já sentindo seus olhos lacrimejarem. Novamente.
- Nada – ela respondeu quase que inaudível, virando o rosto.
Jady
massageou as mãos de Verginia, que estavam apoiadas em suas pernas, dando um
minuto de silêncio.
- Você descobriu, não foi? – Jady perguntou. – Você já sabe?
- Sei o básico. – Verginia encarou a loira, enquanto uma lágrima
solitária escorria por sua pele. – Eu. Sou. Estéril.
- Enten...
- Não me diga que entende, pois não entende... Você não é, minha mãe não
é, Rana não é, vocês não são estéril, vocês não entendem. – Uma pausa longa. – Se eu
disser que também não entendo, você acreditaria?
Jady
pressionou seus lábios, formando uma linha, e abraçou a prima, que com o gesto
desabou num sonoro choro.
- Primeiro, eu tenho um aborto espontâneo, agora, eu descubro que não
posso ter filhos. Mas que desgraçada é a vida.
O barulho da
porta se abrindo fez-se ouvir e as duas garotas viraram suas atenções para o novo
visitante.
- Ham, eu não queria incomodar, mas. É. Que eu...
- Tudo bem – Jady interrompeu, levantado-se. – Eu saio.
Jady caminhou
lentamente até a porta, sem nenhuma pressa. Ao ouvir o click da porta, Verginia respirou fundo, encarando suas mãos, ainda
apoiadas entre suas pernas.
- Eu soube que você soube – Harry começou, num tom de voz mais lento
impossível, visivelmente nervoso.
Verginia
apenas agiu como se não houvesse mais ninguém ali.
- Eu sinto muito. – Harry continuava parado ao lado da porta.
O silêncio do
quarto era constrangedor. Ouviam sons como o ar do ar-condicionado invadindo o
ambiente, rodinhas passando pelo corredor, uma ou duas vezes durante o
silêncio, ou até mesmo passos. Nunca suas vozes.
- Você sabia – Verginia afirmou, deixando Harry em alerta.
- Desde sempre.
Mais uma
pausa...
- Então você não sente... Nem pouco, nem muito.
- Não, eu...
- Teria me contado. – Verginia elevou a voz minimamente.
- Todos sabíamos, menos você.
- Todos. – Verginia engoliu em seco.
- A mídia nem desconfia, se é o que pensa. – Verginia expirou o ar. –
Mas todos à sua volta... Todos que te amam, Verginia!
- Que me amassem menos, então! – Verginia quase gritara.
- Olha, eu vim aqui me redimir. Queria dar um tempo nessas brigas
infantis. Somos dez amigos, não nove.
Eu só queria que parássemos com essa luta ridícula.
- Ridículo é o fato de eu não saber que nunca na minha vida eu vou poder
ser mãe! – Verginia finalmente encarou Harry.
Harry abaixou
o olhar como se Verginia tivesse o ofendido.
- Esse é o problema – Harry murmurou.
- Esse é o problema – Verginia repetiu, sarcástica. – Eu não acredito
nisso.
Harry
continuou encarando o chão, quando puxou o ar, preparando-se para dizer algo,
mas foi interrompido por um toque de celular. Ao dar conta do momento, Harry
fechou a cara. Verginia riu cinicamente. A música a qual soava pelo ambiente
era um tanto suave para um toque de celular.
- É um country bem bacana, não acha, Sr. Styles? – Verginia disse com ar
de superioridade. – Sugiro que vá atender quem eu acho que seja sua namorada em
outro lugar.
Harry
encarou-a com o semblante enraivecido. Não queria acreditar na infantilidade da
suposta amiga; já estava farto de tudo à sua volta, e esse tudo não envolvia
apenas Verginia. Harry ergueu uma sobrancelha, e rapidamente sacou seu celular
do bolso da calça, atendendo-o em seguida. Sorriu cínico para Verginia antes de
cantarolar:
- Oi, meu amor... Ah, sabe, não estou fazendo exatamente nada.
Verginia
cruzou os braços e encarou a parede à sua frente, enquanto Harry saia do
quarto, ainda falando ao celular.
A D
Na sala de
espera do Hospital, familiares e amigos de Verginia esperavam por sua vez de
visita. Eram muitos, mas podia entrar apenas um por vez. Dos amigos, sobraram
apenas Nathalie, Alice, Niall e Zayn. O moreno esperava pelo amigo dos cachos,
para almoçarem juntos, enquanto Niall e Alice não deixavam as bocas paradas.
- Qual seu sorvete preferido? – Niall perguntou.
- Sério, irlandês? – Zayn perguntou, zombeteiro.
Niall deu uma
cotovelada no peitoral de Zayn, que se encontrava atrás dele.
- Não tenho preferência, mas gosto bastante de morango. – Alice sorriu.
- Então... Que tal você e eu irmos num Parque Temático, hoje? Vai ser
legal. Podemos tomar sorvete, nos divertir pacas... Vamos? – Niall dizia
aceleradamente.
Alice riu,
logo recebendo olhares repreensores vindos de uns familiares da amiga em
repouso, fazendo-a pigarrear.
- Não, valeu. Não estou no clima.
- Sério? – Niall expressou uma carinha triste, mas muito fofa, para
Alice.
Alice tentou
reprimir um sorriso, mas não resistiu e acabou soltando-o.
- Tá bom, eu vou. – Alice assentiu.
- Ótimo!
- Se rolar beijo, eu também vou estar lá? – Zayn intrometeu-se.
- Sai daqui, britânico! – Niall empurrou o rosto de Louis.
Harry pôde
ser visto dando passos largos pelo extenso corredor, deixando todos atentos.
- Não vou almoçar com você! – Harry praticamente gritou para Zayn, sem
ao menos deixar de andar, e desapareceu, deixando as pessoas ali estáticas.
A D
- Carly, arruma sua mala! – Eve gritou.
- Não ‘quelo’ – Carly retorquiu.
- Não vou falar novamente!
- Eu não vou voltar ‘pa’ lá.
- A Dona Miranda está nos esperando. Carly, você enrolou por dois dias.
Não podemos mais ficar em Londres. Arruma. A mala – Eve disse entredentes.
- Não. – Carly fez um enorme bico e virou o rosto, cruzando os braços.
- Você. Vai. Arrumar. A mala – Eve insistia.
Carly não
precisaria arrumar suas malas para voltarem a Hammersmith; se ela não tivesse
atirado todas as roupas para fora, após Eve ter arrumado tudo lá. Ela não
queria voltar a casa.
- Só mais um dia, por favor – Carly pediu, manhosa.
Eve suspirou.
Ela também não queria sair de Londres. Gostou tanto da cidade. E ainda mais
após conhecer certa pessoa, anônima para quem perguntasse.
- Tudo bem.
Carly
comemorou, gritante.
A D
Já era 01: 30
PM, e Harry dirigia despreocupadamente pela cidade; acompanhado. Pra onde que
olhassem, avistavam, de longe, Paparazzi a tirarem fotografias. Aliás, não
perderiam a oportunidade de inventarem uma fofoca qualquer.
- Podíamos parar num parque qualquer – Taylor sugeriu.
- Hyde, Kennington, Queen’s, Green, St. Jame’s, Regent, que na verdade é
um Zoológico – Harry recitou.
- Wow, calma aí, colega. – Taylor riu. – Acho melhor comermos primeiro.
- Mc Donald’s, Burguer King... Ou até mesmo Subway.
- Uau! Seus diálogos estão incríveis hoje – Taylor ironizou. – Não. Um
restaurante.
- Nando’s! Pronto, e não se fala mais nisso.
Taylor
arregalou os olhos por um momento e permaneceu quieta. Harry não estava sendo
grosso, apenas queria evitar um diálogo muito longo entre eles.
- E o parque... – Taylor foi interrompida.
- Green Park!
- Desisto!
Harry riu.
A D
Verginia
acabara de trancar a porta de seu quarto, após sua mãe ter saído pela mesma. Já
estava cansada por todos ficarem num entra-e-sai de seu quarto só para
certificarem-se que ela não estava cometendo algo de ruim. Como se ela fosse se
matar. O que ela pretendia fazer, mas não faria. Pra que viver se não poderia
ter filhos? Pra que viver se não poderia ter amor? Opções vieram em sua cabeça,
e pode-se dizer que Verginia não optou pelo melhor jeito de viver. Encarou suas
unhas. Estavam razoavelmente grandes. Ela sentou-se na cama, recostada na
cabeceira, e encarou as coxas desnudas, devido ao short curto que usava. Levou
suas unhas a elas e pressionou-as contra a pele. Não fora o suficiente.
Verginia começou a cavar suas coxas com as unhas, ainda fraca, mas fora aumentando
a intensidade, assim como a velocidade. Sua pele já estava completamente
arranhada, mas Verginia não parara de cavar suas unhas. Segurava um choro, que
poderia sair forte a qualquer momento, mas lágrimas caíam pelo rosto. Faltava
tanto espaço, o que fez Verginia arranhar por dentro do mínimo espaço que o
short cobria. Quando viu que não tinha mais espaço onde cavar em sua pele da
coxa – que poderia, ao menos, escondeu depois – , rapidamente levou as unhas ao
abdômen e deitou bruscamente, mas não mexeu os dedos.
Ela encarou o
teto, tentando se acalmar, e suspirou. O mesmo aconteceu com seu abdômen.
Indecisa, Verginia apenas acariciou-a com as unhas, mas logo as aprofundou.
Despejou toda sua raiva, dor, e tristeza em sua pele, e muito mais na região da
barriga. Raiva, dor, e tristeza, pois aquela barriga não poderia crescer um
dia, com uma vida ali dentro. Não novamente.
A D
Já no parque,
Harry e Taylor conversavam. Bem... Taylor monologava.
- Eu ouvi falar sobre elas, já ouvi as músicas delas, e posso até que
dizer que amei, mas estaria mentindo. Não que eu não tenha gostado, mas wow!,
assim também não. Você tá tão quieto. Desculpa, eu to falando demais hoje? Eu
juro que não bebi café, de manhã. É, porque eu quando bebo café, eu fico...
- Entediado. – Harry bufou.
- Não, eu fico alterada. – Taylor riu. – Nunca bebeu café, não?
Harry sorriu
ironicamente. A garota continuou a tagarelar o que para Harry era inaudível.
Ele encarava todos os cantos do parque, enquanto caminhavam pelo mesmo. Taylor
gesticulava as mãos, ria, mas ele não estava nem aí.
O celular de
Harry vibrou e ele sacou-o de seu bolso da calça.
Voltou a sair com a PalmiTaylor? Haha, foi
mal, é muita internet. Soube que desmarcou um almoço com o Zayn. Desapontada!
P.s.: MissU >.<
- A melhor amiga de todos os amigos \0/
É claro. A
essa hora, as fotos já deviam estar rolando soltas por aí. Obrigado por lembrar, Ray, Harry pensou, Meu dia não pode piorar.
A D
O sol ainda
não havia se posto quando Alice e Niall decidiram que era hora da diversão. O relógio
marcava alguns minutos para as 17 horas quando eles adentraram o enorme Parque Temático
lotado. Logo na entrada, compraram dois palitos de algodão-doce, após Niall
fazer um vexame por não provar do doce há um longo tempo.
Estavam
caminhando pelo parque à procura do primeiro brinquedo, ainda com seus
algodões-doces.
- Que tal o Vampiro? – Alice sugeriu.
- Vamos lá.
A D
Alice e Niall
já foram a praticamente todos os brinquedos do Parque. O sol já havia
desaparecido, e no céu, a lua estava cheia.
- Ai, minha barriga tá doendo – Niall reclamou, acariciando o abdômen
por debaixo da blusa.
- Claro. – Alice riu. – Come como um cão, ri como uma hiena, brinca como
um gato e corre como um guepardo. Tá pensando que é fácil viver?
- Tá, eu não exagero nas minhas atitudes. Corro como um guepardo? Nem
como um javali.
Alice riu.
- Olhaa! – Alice cantarolou num tom admirado. – Uma cabine de
fotografias. Vamos lá!
Alice puxou
Niall pelo pulso, sem ele nem mesmo ter a escutado. Entraram na cabine e sentaram-se.
Alice apertou o botão para dar início à sessão, e logo começaram a fazer poses,
a cada flash que disparava. Seis fotografias foram tiradas e os dois saíram da
cabine aos risos. O cartão com as fotos acabara de sair e Alice pegara.
- Aun, ficamos lindos! – ela cantarolou.
Niall olhou
por cima do ombro de Alice, e fechou a cara o ver as fotos.
- Ficaram horríveis – Niall disse.
- Ah, você é um chato.
- Sério, podemos tirar melhores.
- Quer tirar mais?
- Vamos.
Niall entrou
na cabine após Alice, que apertou o botão novamente e fez outra pose, assim
como Niall. Um flash, e subitamente Niall segurou no queixo de Alice e virou
seu rosto, selando seus lábios. No início, Alice recuou um pouco, mas logo
cedeu, movimentando seus lábios juntos com os de Niall de modo sincronizado. Os
flashes haviam encerrado quando Alice recostou-se numa divisória da cabine,
levando Niall junto. Niall lambeu o lábio inferior de Alice, e ela abriu a
boca, deixando-o adentrá-la com sua língua. O toque de ambas suas línguas fora
como um choque para os dois, e os fez afastarem-nas por um segundo, mas logo
começaram uma batalha. Alice bateu sua mão na divisória ao lado, acabando por
apertar o botão novamente, e ao senti-lo, desvia sua mão para o rosto de Niall.
O rapaz
começa a se afastar vagarosamente, sentindo a falta do ar em seus pulmões.
Alice fincou seus dentes no lábio inferior de Niall e puxou-o. Afastaram-se
minimamente e ficaram por encarar um o olho do outro. Sorriram.
- Será que posso me arrepender por ter negado ao seu pedido de namoro?
Niall continuou
a encarando, até beijá-la novamente.
Aii qual sera o mistério que envolve a Carly?! confusa...bem espero que tudo fique bem para tds,nessa fase Bad hahaha, CONTINUAA, E MELHORAS, beeijss *--*
ResponderExcluirSimples, porém perfeito, continua. mistérios hem ..
ResponderExcluirhm , continua
ResponderExcluirmistérios, acho que a irmã de Carly fugiu.
ResponderExcluirContinua!
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