I Want You So Bad - Capítulo 10



- Onde; como; por quê e quando? – Liam adentrou a casa de Louis abarrotando-o de perguntas.
- Quarto de hóspedes; a pé; te explico agora mesmo e hoje, mais cedo – Louis respondeu.
- OK. Começa a explicar.
- Tá. Ela chegou chorando, e disse é uma fugitiva. Na verdade, não consegui entender direito, por causa dos soluços, mas foi basicamente. E você conhece a Rachel: sempre dramática. Então não devemos levá-la tão a sério.
- Então ela está fugindo. Mas exatamente do quê? – Liam ergueu uma sobrancelha.
- Cara, não tive a coragem de perguntar. Mas espera ela acordar, aí ela esclarece tudo.
- Louis? – A voz de Rachel ecoou pela sala, fazendo dois pares de olhos virarem-se para ela. – Oi, Liam.
- Olá. – Liam aproximou-se dela. – Como você está? – Tocou-lhe o rosto carinhosamente.
- Nada bem.
- Vai nos contar o que está acontecendo? – Louis intrometeu-se.
- Eu acho que não. – Rachel abaixou o olhar.
- Ótimo! – Liam virou-se para Louis, dando as costas a Rachel. – Vim à toa.
- Chamou ele aqui? – Rachel perguntou diretamente aqui.
- Achei que eu fosse precisar de um pouquinho de ajuda – Louis defendeu-se.
- Eu estou ótima, é sério. Eu só preciso de um favor. Eu quero permanecer seja onde for, mas para a minha casa eu não volto tão cedo. Vocês me ajudam?
Liam e Louis entreolharam-se, indecisos. Louis soltou um longo suspiro.
- Você pode ficar aqui.
Rachel sorriu, agradecida.



A  D



- Verginia Lopes, que susto foi esse?
- Também é bom te ver, Sra. Bucker – Verginia ironizou, séria.
- Quando Rana me ligou, eu quase tive um infarto! – Jady praticamente gritava dentro do quarto do Hospital. – O que será de mim?
- Deve ter algum motivo para esse exagero todo. Fala o que é.
- O que é? – Jady repetiu dramaticamente. – O Justin vai chegar em Londres em menos de duas horas, e você está presa nesse quarto de Hospital. Eu até bolei um meio de vocês dois se barrarem.
- É só olhar para a minha cara de culpa. – Verginia mantinha-se séria.
Jady analisou o semblante de Verginia e percebeu que ela não estava mesmo bem.
- Tudo bem, devo ter exagerado. – Jady sentou na cama. – O que aconteceu? – perguntou docemente.
Verginia meneou a cabeça, já sentindo seus olhos lacrimejarem. Novamente.
- Nada – ela respondeu quase que inaudível, virando o rosto.
Jady massageou as mãos de Verginia, que estavam apoiadas em suas pernas, dando um minuto de silêncio.
- Você descobriu, não foi? – Jady perguntou. – Você já sabe?
- Sei o básico. – Verginia encarou a loira, enquanto uma lágrima solitária escorria por sua pele. – Eu. Sou. Estéril.
- Enten...
- Não me diga que entende, pois não entende... Você não é, minha mãe não é, Rana não é, vocês não são estéril, vocês não entendem. – Uma pausa longa. – Se eu disser que também não entendo, você acreditaria?
Jady pressionou seus lábios, formando uma linha, e abraçou a prima, que com o gesto desabou num sonoro choro.
- Primeiro, eu tenho um aborto espontâneo, agora, eu descubro que não posso ter filhos. Mas que desgraçada é a vida.
O barulho da porta se abrindo fez-se ouvir e as duas garotas viraram suas atenções para o novo visitante.
- Ham, eu não queria incomodar, mas. É. Que eu...
- Tudo bem – Jady interrompeu, levantado-se. – Eu saio.
Jady caminhou lentamente até a porta, sem nenhuma pressa. Ao ouvir o click da porta, Verginia respirou fundo, encarando suas mãos, ainda apoiadas entre suas pernas.
- Eu soube que você soube – Harry começou, num tom de voz mais lento impossível, visivelmente nervoso.
Verginia apenas agiu como se não houvesse mais ninguém ali.
- Eu sinto muito. – Harry continuava parado ao lado da porta.
O silêncio do quarto era constrangedor. Ouviam sons como o ar do ar-condicionado invadindo o ambiente, rodinhas passando pelo corredor, uma ou duas vezes durante o silêncio, ou até mesmo passos. Nunca suas vozes.
- Você sabia – Verginia afirmou, deixando Harry em alerta.
- Desde sempre.
Mais uma pausa...
- Então você não sente... Nem pouco, nem muito.
- Não, eu...
- Teria me contado. – Verginia elevou a voz minimamente.
- Todos sabíamos, menos você.
- Todos. – Verginia engoliu em seco.
- A mídia nem desconfia, se é o que pensa. – Verginia expirou o ar. – Mas todos à sua volta... Todos que te amam, Verginia!
- Que me amassem menos, então! – Verginia quase gritara.
- Olha, eu vim aqui me redimir. Queria dar um tempo nessas brigas infantis. Somos dez amigos, não nove. Eu só queria que parássemos com essa luta ridícula.
- Ridículo é o fato de eu não saber que nunca na minha vida eu vou poder ser mãe! – Verginia finalmente encarou Harry.
Harry abaixou o olhar como se Verginia tivesse o ofendido.
- Esse é o problema – Harry murmurou.
- Esse é o problema – Verginia repetiu, sarcástica. – Eu não acredito nisso.
Harry continuou encarando o chão, quando puxou o ar, preparando-se para dizer algo, mas foi interrompido por um toque de celular. Ao dar conta do momento, Harry fechou a cara. Verginia riu cinicamente. A música a qual soava pelo ambiente era um tanto suave para um toque de celular.
- É um country bem bacana, não acha, Sr. Styles? – Verginia disse com ar de superioridade. – Sugiro que vá atender quem eu acho que seja sua namorada em outro lugar.
Harry encarou-a com o semblante enraivecido. Não queria acreditar na infantilidade da suposta amiga; já estava farto de tudo à sua volta, e esse tudo não envolvia apenas Verginia. Harry ergueu uma sobrancelha, e rapidamente sacou seu celular do bolso da calça, atendendo-o em seguida. Sorriu cínico para Verginia antes de cantarolar:
- Oi, meu amor... Ah, sabe, não estou fazendo exatamente nada.
Verginia cruzou os braços e encarou a parede à sua frente, enquanto Harry saia do quarto, ainda falando ao celular.



A  D



Na sala de espera do Hospital, familiares e amigos de Verginia esperavam por sua vez de visita. Eram muitos, mas podia entrar apenas um por vez. Dos amigos, sobraram apenas Nathalie, Alice, Niall e Zayn. O moreno esperava pelo amigo dos cachos, para almoçarem juntos, enquanto Niall e Alice não deixavam as bocas paradas.
- Qual seu sorvete preferido? – Niall perguntou.
- Sério, irlandês? – Zayn perguntou, zombeteiro.
Niall deu uma cotovelada no peitoral de Zayn, que se encontrava atrás dele.
- Não tenho preferência, mas gosto bastante de morango. – Alice sorriu.
- Então... Que tal você e eu irmos num Parque Temático, hoje? Vai ser legal. Podemos tomar sorvete, nos divertir pacas... Vamos? – Niall dizia aceleradamente.
Alice riu, logo recebendo olhares repreensores vindos de uns familiares da amiga em repouso, fazendo-a pigarrear.
- Não, valeu. Não estou no clima.
- Sério? – Niall expressou uma carinha triste, mas muito fofa, para Alice.
Alice tentou reprimir um sorriso, mas não resistiu e acabou soltando-o.
- Tá bom, eu vou. – Alice assentiu.
- Ótimo!
- Se rolar beijo, eu também vou estar lá? – Zayn intrometeu-se.
- Sai daqui, britânico! – Niall empurrou o rosto de Louis.
Harry pôde ser visto dando passos largos pelo extenso corredor, deixando todos atentos.
- Não vou almoçar com você! – Harry praticamente gritou para Zayn, sem ao menos deixar de andar, e desapareceu, deixando as pessoas ali estáticas.



A  D



- Carly, arruma sua mala! – Eve gritou.
- Não ‘quelo’ – Carly retorquiu.
- Não vou falar novamente!
- Eu não vou voltar ‘pa’ lá.
- A Dona Miranda está nos esperando. Carly, você enrolou por dois dias. Não podemos mais ficar em Londres. Arruma. A mala – Eve disse entredentes.
- Não. – Carly fez um enorme bico e virou o rosto, cruzando os braços.
- Você. Vai. Arrumar. A mala – Eve insistia.
Carly não precisaria arrumar suas malas para voltarem a Hammersmith; se ela não tivesse atirado todas as roupas para fora, após Eve ter arrumado tudo lá. Ela não queria voltar a casa.
- Só mais um dia, por favor – Carly pediu, manhosa.
Eve suspirou. Ela também não queria sair de Londres. Gostou tanto da cidade. E ainda mais após conhecer certa pessoa, anônima para quem perguntasse.
- Tudo bem.
Carly comemorou, gritante.



A  D



Já era 01: 30 PM, e Harry dirigia despreocupadamente pela cidade; acompanhado. Pra onde que olhassem, avistavam, de longe, Paparazzi a tirarem fotografias. Aliás, não perderiam a oportunidade de inventarem uma fofoca qualquer.
- Podíamos parar num parque qualquer – Taylor sugeriu.
- Hyde, Kennington, Queen’s, Green, St. Jame’s, Regent, que na verdade é um Zoológico – Harry recitou.
- Wow, calma aí, colega. – Taylor riu. – Acho melhor comermos primeiro.
- Mc Donald’s, Burguer King... Ou até mesmo Subway.
- Uau! Seus diálogos estão incríveis hoje – Taylor ironizou. – Não. Um restaurante.
- Nando’s! Pronto, e não se fala mais nisso.
Taylor arregalou os olhos por um momento e permaneceu quieta. Harry não estava sendo grosso, apenas queria evitar um diálogo muito longo entre eles.
- E o parque... – Taylor foi interrompida.
- Green Park!
- Desisto!
Harry riu.



A  D



Verginia acabara de trancar a porta de seu quarto, após sua mãe ter saído pela mesma. Já estava cansada por todos ficarem num entra-e-sai de seu quarto só para certificarem-se que ela não estava cometendo algo de ruim. Como se ela fosse se matar. O que ela pretendia fazer, mas não faria. Pra que viver se não poderia ter filhos? Pra que viver se não poderia ter amor? Opções vieram em sua cabeça, e pode-se dizer que Verginia não optou pelo melhor jeito de viver. Encarou suas unhas. Estavam razoavelmente grandes. Ela sentou-se na cama, recostada na cabeceira, e encarou as coxas desnudas, devido ao short curto que usava. Levou suas unhas a elas e pressionou-as contra a pele. Não fora o suficiente. Verginia começou a cavar suas coxas com as unhas, ainda fraca, mas fora aumentando a intensidade, assim como a velocidade. Sua pele já estava completamente arranhada, mas Verginia não parara de cavar suas unhas. Segurava um choro, que poderia sair forte a qualquer momento, mas lágrimas caíam pelo rosto. Faltava tanto espaço, o que fez Verginia arranhar por dentro do mínimo espaço que o short cobria. Quando viu que não tinha mais espaço onde cavar em sua pele da coxa – que poderia, ao menos, escondeu depois – , rapidamente levou as unhas ao abdômen e deitou bruscamente, mas não mexeu os dedos.
Ela encarou o teto, tentando se acalmar, e suspirou. O mesmo aconteceu com seu abdômen. Indecisa, Verginia apenas acariciou-a com as unhas, mas logo as aprofundou. Despejou toda sua raiva, dor, e tristeza em sua pele, e muito mais na região da barriga. Raiva, dor, e tristeza, pois aquela barriga não poderia crescer um dia, com uma vida ali dentro. Não novamente.



A  D



Já no parque, Harry e Taylor conversavam. Bem... Taylor monologava.
- Eu ouvi falar sobre elas, já ouvi as músicas delas, e posso até que dizer que amei, mas estaria mentindo. Não que eu não tenha gostado, mas wow!, assim também não. Você tá tão quieto. Desculpa, eu to falando demais hoje? Eu juro que não bebi café, de manhã. É, porque eu quando bebo café, eu fico...
- Entediado. – Harry bufou.
- Não, eu fico alterada. – Taylor riu. – Nunca bebeu café, não?
Harry sorriu ironicamente. A garota continuou a tagarelar o que para Harry era inaudível. Ele encarava todos os cantos do parque, enquanto caminhavam pelo mesmo. Taylor gesticulava as mãos, ria, mas ele não estava nem aí.
O celular de Harry vibrou e ele sacou-o de seu bolso da calça.

Voltou a sair com a PalmiTaylor? Haha, foi mal, é muita internet. Soube que desmarcou um almoço com o Zayn. Desapontada!
P.s.: MissU >.<
- A melhor amiga de todos os amigos \0/

É claro. A essa hora, as fotos já deviam estar rolando soltas por aí. Obrigado por lembrar, Ray, Harry pensou, Meu dia não pode piorar.



A  D



O sol ainda não havia se posto quando Alice e Niall decidiram que era hora da diversão. O relógio marcava alguns minutos para as 17 horas quando eles adentraram o enorme Parque Temático lotado. Logo na entrada, compraram dois palitos de algodão-doce, após Niall fazer um vexame por não provar do doce há um longo tempo.
Estavam caminhando pelo parque à procura do primeiro brinquedo, ainda com seus algodões-doces.
- Que tal o Vampiro? – Alice sugeriu.
- Vamos lá.



A  D



Alice e Niall já foram a praticamente todos os brinquedos do Parque. O sol já havia desaparecido, e no céu, a lua estava cheia.
- Ai, minha barriga tá doendo – Niall reclamou, acariciando o abdômen por debaixo da blusa.
- Claro. – Alice riu. – Come como um cão, ri como uma hiena, brinca como um gato e corre como um guepardo. Tá pensando que é fácil viver?
- Tá, eu não exagero nas minhas atitudes. Corro como um guepardo? Nem como um javali.
Alice riu.
- Olhaa! – Alice cantarolou num tom admirado. – Uma cabine de fotografias. Vamos lá!
Alice puxou Niall pelo pulso, sem ele nem mesmo ter a escutado. Entraram na cabine e sentaram-se. Alice apertou o botão para dar início à sessão, e logo começaram a fazer poses, a cada flash que disparava. Seis fotografias foram tiradas e os dois saíram da cabine aos risos. O cartão com as fotos acabara de sair e Alice pegara.
- Aun, ficamos lindos! – ela cantarolou.
Niall olhou por cima do ombro de Alice, e fechou a cara o ver as fotos.
- Ficaram horríveis – Niall disse.
- Ah, você é um chato.
- Sério, podemos tirar melhores.
- Quer tirar mais?
- Vamos.
Niall entrou na cabine após Alice, que apertou o botão novamente e fez outra pose, assim como Niall. Um flash, e subitamente Niall segurou no queixo de Alice e virou seu rosto, selando seus lábios. No início, Alice recuou um pouco, mas logo cedeu, movimentando seus lábios juntos com os de Niall de modo sincronizado. Os flashes haviam encerrado quando Alice recostou-se numa divisória da cabine, levando Niall junto. Niall lambeu o lábio inferior de Alice, e ela abriu a boca, deixando-o adentrá-la com sua língua. O toque de ambas suas línguas fora como um choque para os dois, e os fez afastarem-nas por um segundo, mas logo começaram uma batalha. Alice bateu sua mão na divisória ao lado, acabando por apertar o botão novamente, e ao senti-lo, desvia sua mão para o rosto de Niall.
O rapaz começa a se afastar vagarosamente, sentindo a falta do ar em seus pulmões. Alice fincou seus dentes no lábio inferior de Niall e puxou-o. Afastaram-se minimamente e ficaram por encarar um o olho do outro. Sorriram.
- Será que posso me arrepender por ter negado ao seu pedido de namoro?
Niall continuou a encarando, até beijá-la novamente.

Eu sei que está horrível, mas desculpem. Bati minha mão numa planta venenosa, dura pra caralho, a ponta dela foi na veia na minha mão, e o que aconteceu? Não tenho mais movimentos (sifudê também, hein). É a vida. Foi duro escrever esse capítulo. Fiquei dois dias, precisei até de ajuda. Mas a paralisia vai passar (espero!).

Algumas de vocês não entenderam. Esterilidade não é DST. Ó, o diálogo:
Rana disse que Harry provocara tudo, pôs a culpa nele.
Nathalie disse: "Claro que não, Rana. Esterilidade não é nenhum tipo de DST". Ela quis dizer que ninguém pode ficar estéril apenas transando. Entenderam. Resumindo: Verginia é estéril e não contaminada por HIV.

Bea havia perguntando o porquê do Zayn ter feito caretas. Creio eu que seja pela voz da Japa. "Creio eu", pois vai que eu to errada, slá.

EU NÃO ODEIO A TAY, GENTEEE. E ela não vai ser chata na minha Fic. Tá, só um pouco. Assim como a Caroline, que eu ainda estou bolando um jeito para ela aparecer.

Malikisses!!


5 comentários:

  1. Aii qual sera o mistério que envolve a Carly?! confusa...bem espero que tudo fique bem para tds,nessa fase Bad hahaha, CONTINUAA, E MELHORAS, beeijss *--*

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  2. Simples, porém perfeito, continua. mistérios hem ..

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  3. mistérios, acho que a irmã de Carly fugiu.

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