I Want You So Bad - Capítulo 1


Um grito agudo surge daquela enorme casa, logo de manhã, ecoando por todo o bairro. O motivo para Alice ter gritado é simplesmente pela frigideira estar pegando fogo. O alarme já soara, tirando a atenção das suas amigas de seja-o-que-for.
- Alice, o que está fazendo? - Rachel perguntou, exasperada.
- Se não fosse o fogo, panquecas! - ela respondeu.
- Água! - Rana exclamou subitamente.
Verginia correu até o fogão e agarrou no cabo longo da frigideira e jogou-o na pia.
Grande erro.
O fogo começou a se alastrar pela pia, deixando as meninas boquiabertas.
- Ve, que merda você queria fazer? - Alice rugiu.
- Eu só queria apagar o fogo!
- Vamos pra fora! Vamos, vamos! - Rana apressou-as enquanto gesticula com as mãos até a saída da casa.
De um segundo ao outro, todas já estavam fora da casa, encarando a mesma numa perfeita fileira horizontal, enquanto bombeiros acalmavam o fogo com a enorme mangueira. Apenas Nathalie sorria, fazendo olhares superiores encararem-na de soslaio como se pensassem "essa garota é louca". E realmente pensavam.
- Isso foi incrível! - Nathalie comentou.
- Incrível foi saber que só se deram conta da tragédia quando o alarme soou - Alice disse indignada.
- E como a gente ia dar conta de outro jeito? - Rachel indagou.
- Eu gritei!
- Ah, foi mal. É que eu pensei que você só tinha caído da escada, como uns dias atrás. E outros atrás, e atrás, e atrás...
- Tudo bem, eu admito; sou desastrada!
- Desastrada é elogio – Rana disse impaciente. - Você quase queimou a casa inteira.
- É, mas um pedaço dessa culpa também vai para mim – Verginia disse lamentadamente.
- Por sorte – Rachel começou - , só pegou em boa parte da cozinha, um lugar não muito importante para nós, e que rapidinho se conserta.
- Se o Niall estivesse aqui, ia fazer um enorme escândalo.
Todas gargalham com a lembrança de Nathalie, mas logo se arrependem. Um som qualquer fez-se ouvir abafadamente naquele ambiente. Verginia saca seu celular do bolso do short e leva-o até o ouvido. Ao atender, ouviu seu nome completo ser pronunciado fervorosamente, o que a fez afastar-se do aparelho, expressando uma careta. Verginia afastou-se das meninas, enquanto as mesmas a seguiam com o olhar.
- Será que pode acontecer coisa pior que Alice ter queimado a casa? – Rachel indagou.
- Tipo, Paparazzo? - Rana perguntou, encarando opostamente as meninas.
As garotas viraram o olhar para onde Rana tanto encarava. Ali, pôde-se encontrar cerca de trinta Paparazzi.



A  D



Já em Londres, o que ecoava pelos corredores de um estúdio, era risadas.
- São mesmo umas palhaças - Niall comentou, ainda encarando a tela da tevê.
- Acha mesmo que elas fizeram isso por pura palhaçada? - Louis indagou.
- Você faria, não?
- Ah, nem sei. Acho que agora elas me superaram. – Riu, sendo acompanhado por seus amigos.
- Tenho total certeza que a principal culpada foi a Alice - Harry disse.
- Se não, a única - Liam disse.
E mais risadas. Simon adentrou a sala rindo conforme os garotos, que perdiam a expressão "totalmente alegre" vagarosamente.
- Hora de voltar ao ensaio! - avisou, parando de rir subitamente.



A  D



- Foram sete meses! - Lane disse. - Sete meses de puros desastres nesta casa!
- Mãe, nós podemos mudar isso – Verginia disse. - Seremos mais responsáveis, não é, meninas? - Elas assentiram para os pais.
- Eu não sei vocês – June disse - , mas eu vou levar minha filha de volta.
- Não, mãe, por favor! - Rana implorou.
- Não discuta! - Apontou o dedo indicador para a filha.
A sala se encontrava no seguinte estado: filhas versus pais. Os pais das meninas fizeram questão em viajar de trem até Manchester para darem um bom sermão a elas.
- Não podemos voltar para Londres - Rachel insistiu.
- Nos dê um motivo para isso – Ester, mãe de Rachel, disse.
- Deve ser por causa daqueles moleques problemáticos, os ‘One Infection’ - Scott disse.
- Direction - Alice corrigiu o pai.
- Direction.
- One Direction!
- Esquece, Alice - Nathalie disse.
- Está decidido! – Elliot, pai de Rana, disse. - Filha, arrume suas malas. Você vai voltar para Londres.
- Sendo assim, todas vão – Ester disse. – Concordam comigo? – Os outros pais assentiram.
As meninas sobem as escadas, bufantes.
Não havia mais nada a fazer. Teriam mesmo de voltar para Londres.
Malas prontas!
Agora, as meninas só precisavam refletir sobre o momento. E era isso o que faziam reunidas no quarto de Rana.
- Não acredito que temos que voltar - Verginia murmurou.
- É, e podemos acrescentar na lista da sua mãe - Rachel disse - que foram sete meses desperdiçados.
- Acham que vamos encontrá-los? - Alice perguntou.
- Mas vocês só pensam neles? - Nathalie irritou-se.
- Bem, eles são o motivo por estarmos aqui - Rana explicou.
- Não só eles - Nathalie contrariou - , mas a nossa chance de conseguirmos algo melhor também. Como, menos garotinhas vindo com ódio pra cima da gente; menos distração e mais atenção na nossa carreira.
- Você está certa - Alice disse. - Mas a questão é que vamos a Londres. E eles podem muito bem nos procurar.
- Na minha opinião, deveríamos deixar tudo acontecer como deve - Nathalie insistiu. - Não mexer na historia e deixar tudo acontecer.
- Nossa! - Rachel exclamou com falsa admiração. - Olha que lema bonito, não? Não será o nosso?
- Mas a ideia foi minha – Nathalie discutiu.
- Tudo bem, gente - Verginia disse. - Acho que entendi. Já que One Direction segue um caminho, Flower Tear deixa acontecer.
- É isso aí! - Alice concordou.
- Então... tá, né - Rana concordou. - Vamos voltar.



A  D



- Rana, pegou tudo mesmo? - June perguntou, revirando a mão por dentro da mala da filha.
- Já disse que sim! - Rana respondeu irritada.
- Mas não acho suas calcinhas.
- Como "não"? Estão bem aí.
- Onde? Não as vejo.
- Aqui, mãe – ela disse pegando numa peça.
A mãe de Rana encarou a peça íntima boquiaberta. Era toda fina, tanto no cós, quanto no resto do pano.
- Rana! Eu não te dei esse projeto de fio dental.
- Não, porque fui eu mesma quem comprou. Agora dá pra parar de revistar minha mala? Acha que carrego o que aí dentro.
- Você é amiga da minha filha - Carl disse. - Quem sabe se ela não te dá umas cocas de vez em quando?
Rachel gargalhou.
- Esse é o meu pai!
- Mãe - chamou Alice - , por que colocou preservativos na minha mala?
- Para o caso de precisar - Sonny respondeu, sorridente.
Alice retribuiu o sorriso forçadamente e quando virou o olhar para a mala cerrou-o. Um grito surge pelo cômodo, fazendo todos virarem suas atenções para a “dona do desespero”.
- Quem. Colocou. Esse rato. Na minha mala? - Verginia indagou entredentes pausadamente.
- Ah! Que bom que o achou! - Nathalie exclamou, pegando o ratinho branco de dentro da mala.
- Nosso filho! - Rachel berrou. - Te procurei por todo canto, bebê. Onde esteve?
- Eu estava certo quando concluí que minha filha era uma drogada - Carl murmurou.
- Vamos! - Sonny apressou. - O trem já vai sair.



A  D



Louis assistia a um filme de terror, na sala, com direito a pipoca, refrigerante, e, claro... o escuro. Pois é, ele não tinha mais nada para fazer naquela tarde. Niall e Harry decidiram sair com os parentes que estavam na cidade, e Liam queria um tempo a sós com a namorada. Poderia muito bem estar assistindo o filme com Zayn ou Eleanor, mas, estranhamente, não sabe onde o menino se meteu e a namorada estava… dormindo. Hm.
- Nem me chamou, seu puto! - Pois é. Ali estava Zayn; atrás do sofá numa tentativa nada falha de assustar Louis.
- Cara, meu coração! - Louis gritou ao levar o susto e pôs a mão no peito, sentindo a forte batida de seu coração.
Zayn gargalhou.
- Foi mal. Achei que estava com soluços. - Zayn pulou por cima do sofá e caiu sentado no mesmo, roubando da pipoca de Louis, que olhava-o seriamente.
- Temos que combinar o horário de visita - Louis brincou. – E, aliás, sua desculpa foi péssima. – Zayn deu de ombros. - Sai! Tira a mão. - Empurrou Zayn pelo peitoral, afastando o balde de pipoca.
- Hm, só mais um pouquinho – Zayn pediu com dificuldade, devida boca cheia.
- Vai assistir ao filme comigo?
- Vou.
- Então mete a mão aí! - Entregou o balde a Zayn, que iniciou uma batalha com as pipocas.
Os minutos foram passando e o filme acabando. Zayn acabou por dormir quando o final já estava por vir. Após o filme acabar, Louis desconectou o aparelho de DVD e a imagem preta com letras brancas rolando para cima foi substituída por outra mais viva. Uma comentarista falava sobre algo banal da vida de algum famoso. Mas quando ouviu Flower Tear ser pronunciado, Louis leva seus olhos arregalados até a tela da tevê, com certa curiosidade. A repórter falava sobre a banda estar voltando a Londres, e não deixou de comentar sobre o pequeno incidente que houve na casa em Manchester, logo de manhã. Louis tateou o ar, a procura do ombro de Zayn. Ao achar, sacode-o. Mas o moreno não acordava, então Louis finalmente encarou o dorminhoco e deu um enorme tapa na cara. Zayn levantou exasperado, reclamando algo só para si. Mas Louis não se importou. Zayn encarou a tevê e ali havia fotos de umas garotas numa estação de trem.
Garotas não desconhecidas.



A  D



Harry encarava a tevê, com um misto de confusão e surpresa em seu semblante.
- Gemma, me dá só um segundo.
- Mentir é feio, Harry - Gemma brincou.
- Minuto, então.
Ele tirou o celular do bolso da calça e discou o numero "1" e levou o aparelho ao ouvido.
- Louis? - interrogou ao perceber que o amigo atendera a chamada.
- É ele. Cara, você sabe sobre as Flower Tear?
- Acabei de ver pela televisão da cafeteria que elas voltaram para Londres.
- Cara, avisa a geral. Nós vamos tê-las de volta.



A  D



- Então? - Rana perguntou ao adentrar o escritório.
- Bem - Elliot começou - , é que os outros pais das suas amigas, assim como nós, estiveram pensando em deixá-las morarem numa casa, aqui em Londres, como fizeram em Manchester.
- É sério? - Rana perguntou cerrando os punhos, pondo-os a frente da boca e dando leves pulinhos, num gesto ansioso.
- Super-sério - June respondeu.
- E quando será isso? - Rana indagou.
- Vocês terão de procurar pela casa, primeiro - Elliot explicou. - Depois resolverão o dia da mudança.
- Ah, tá. Muito obrigada! - agradeceu sorridente, abrindo os braços e envolvendo-os no pescoço de cada um.



A  D



- E você conseguiu esquecê-los? - Jady perguntou enquanto ajeitava uma blusa no cabide.
- Claro que não! - Verginia respondeu. - São os One Direction! Não se pode simplesmente esquecê-los.
- Mas você tentou.
- É claro que tentei. Mas - suspirou - um deles me engravidou. Como vou me esquecer disso?
- Aun, você quer ele de volta - Jady disse em um tom fofo.
- O quê? Não! - negou de imediato. – Puft, o Harry é um ridículo. Posso arrumar alguém melhor para mim, já que estou na seca.
- Ah, pode - Jady ironizou.
- Posso sim! - Verginia afirmou indignada.
- Calma, gatinha.
- Tô calma - ela murmurou. – Anda, me ajuda com isso daí, vai - disse e voltaram a pôr as roupas nos cabides.



A  D



Alice enfiava suas roupas no closet, quando Nathalie surgiu, comendo um pedaço de torta.
- Hm! Não sei você, mas senti muitas saudades dessa torta.
- Você não vai arrumar suas coisas, não? - Alice perguntou, sem tirar a atenção no que fazia.
- Eu não! – Deu de ombros. - Vamos nos mudar de novo, esqueceu? - Mordiscou a torta.
Alice deu de ombros. A campainha soou por toda a casa.
- Meninas, atendem para mim, por favor? - Sonny gritou. - Obrigada!
As duas trocam olhares. Alice bufou, sabendo que era ela quem teria de atender. Desceu as escadas e quando chegou a porta, abriu-a, gritou e fechou.
Um gesto estranho para quem visse, mas a questão era os "quem" que estavam no lado de fora, ou seja, Alice assustou-se ao abrir a porta para cinco rapazes nada desconhecidos.
- Alice, por favor! - ouviu Liam chamar. - Precisamos conversar.
- Não precisamos, não! - ela disse. - Deixamos bem claro no dia da partida que nunca mais iríamos nos ver. Vão embora!
- Alice? - Nathalie chamou, descendo as escadas. - Quem é?
- Mais fácil perguntar "quem são".
- Não. Brinca! - disse animada. - E por que ainda não abriu?
Nathalie empurrou Alice para o lado e abriu a porta. Assim que o fez, encontrou cinco rapazes cabisbaixos e pensativos a sua frente, que logo levantaram o olhar para ela, sorriram e gritaram alegres:
- Nathalie!
Os meninos pularam em cima dela, risonhos como a mesma.
- Alicia! - Louis gritou e abriu os braços para Alice.
- ‘Alicia’? - perguntou confusa. - Esqueceu meu nome?
- Ah, pois é. É Alisson.
- Alice - corrigiu-o.
- Só estava brincando, gatinha. - Ele abraçou-a.
- Como conseguiram passar tanto tempo longe de mim? - Zayn perguntou, ainda abraçado a Nathalie, com as bochechas grudadas.
Os quatro amigos do moreno uivaram e deram tapas nas costas dele.
- Tá, parei!
- Meninos, não deveriam ter nos procurado - Alice disse mansamente. - , sabem disso.
- Ali, foi doloroso vê-las partir - Liam confessou. - E mais doloroso ainda ficar sete meses longe de vocês.
- Não nos deixem novamente - Louis pediu. - É só o que pedimos.
- Rapazes... – Alice suspirou, incapaz de completar.
- Vamos atuar num concerto, amanhã - Niall disse, fazendo todos encararem-no.
- E... ? - Liam interrogou.
- Elas podiam ir nos ver - ele explicou.
- Tá, mas não sei no que isso serviria - Nathalie disse.
- Em nada, eu acho - Niall disse. - Só acho que seria legal se nos encontrássemos lá, após o concerto encerrar.
- Eu tô com o Niall - Harry proferiu.
- Todo mundo está? - Liam perguntou, rolando os olhos pelos meninos, que assentiram. - OK! Estádio de Wembley. Nos encontrem lá. O concerto começará às 13: 40. Vou esperar vocês na entrada dos Bastidores, pode ser?
- É claro! - Nathalie respondeu prontamente.
- OK. Tchau, tchau!
Quatro dos rapazes deram as costas e saíram, mas o loiro do grupo sorriu e deu lentos passos até Alice, até encostar seu corpo no dela. Ele aproxima os lábios até a orelha dela e sussurra:
- Senti saudades! Espero nunca mais te perder, porque eu te quero mais que tudo!
Ele virou o rosto e beijou o canto da boca dela.
- Tchau! - Começou a afastar-se de ré. - E continua sendo um "até logo". - Ele deu as costas e se foi.
Alice se mantinha parada ali, observando a paisagem de fora, sem nem mesmo ligar para ela, como fazia com Nathalie, que se retirava cautelosamente. Subitamente, Alice adotou uma nova expressão. Enfurecida, de cenho franzido, ela correu até a porta e bateu-a com extrema força. Bufou em seguida.


Olá!! Espero que tenham aproveitado a virada de vocês. A minha foi o horror dos horrores. Mas ninguém quer saber sobre minhas desgraças. "Seguir a Deus", diria minha mãe. Huh!
Enfim... Eu tenho muitos planos para essa Temporada e estou muito excitada. Espero que gostem mais dela do que da antiga. Mas, sinceramente, esse assunto todo de Haylor está fazendo minha cabeça dar voltas de 9448456º graus. Mas vou tentar esquecer tudo isso.

Não pulem isso aqui: Na temporada anterior, eu esqueci de mencionar o que causou o enjoo em Harry. Eu cheguei a comentar que não era só por causa da Verginia e tals, então... Eu já editei. O caso dele era alergia. Eu sei, parece que não faz sentido, mas faz sim. Eu tenho alergia a sedantes, e isso é genético da minha família, ou seja, basicamente minha família inteira é alérgica a sedantes (e isso é horrível, dá alucinações, dores, HORRÍVEL!). Sei que não tem nada a ver com Harry, mas eu queria pôr isso na Fic, uma coisa trágica. Mas não sei se isso vai afetar num fato futuro da Fic. Tá explicado.

Bjuss!!

P.S: Não se esqueçam de passar na página da 2ª Temporada.


Um comentário:

  1. eeee começoou... aii que saudades que tava vei, ah eu ñ tava conseguindo entrar de jeitoo NENHUM no seu blog, tava dando que ele tinha sido removido, mas eu consegui(avá), mas eu ñ consigo acessar a pag da 2 temporada, continua dando "blog removido" e eu ñ sei se isso so está acontecendo comigo :/ bem FELIZ ANO NOVO atrasado a tds kkk beijss *--*

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